Receber em reais por vendas feitas no exterior ou pagar fornecedores fora do Brasil com um simples QR Code já é uma realidade para alguns empreendedores — mesmo sem uma regulamentação oficial.
O Pix internacional, ainda em fase de discussão no Banco Central, começa a ser aceito em comércios de países como Argentina, Portugal e Estados Unidos. Para quem atua no mercado global, entender esse movimento pode abrir caminhos para reduzir custos, agilizar fluxos de caixa e melhorar a experiência de clientes internacionais.


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O que é o Pix internacional?
O Pix internacional é uma proposta que permitiria a realização de transferências ou pagamentos entre países por meio do sistema Pix, operado pelo Banco Central do Brasil.
A funcionalidade ainda está em desenvolvimento e não possui uma data oficial de lançamento. O avanço da iniciativa foi viabilizado pela nova lei cambial, em vigor desde 2023, que trouxe maior flexibilidade ao mercado de câmbio brasileiro.
O Banco Central afirma que acompanha as iniciativas de interligação de sistemas de pagamento instantâneo em outras jurisdições. Segundo a instituição, o desenvolvimento do Pix internacional depende da cooperação com diversos países e bancos centrais, o que torna o processo mais complexo.
Onde já é possível pagar com Pix fora do Brasil?
Apesar da ausência de regulamentação oficial, turistas e consumidores relatam a aceitação do Pix como forma de pagamento em lojas localizadas em países como:
Argentina (Buenos Aires)
Estados Unidos (Miami e Orlando)
Portugal (Lisboa)
Uruguai
Chile
França
A operação, nesses casos, ocorre por meio de contas brasileiras, o que permite que o valor seja debitado em reais diretamente da conta do cliente. Uma das vantagens apontadas é a previsibilidade cambial, já que o câmbio é fechado no momento da transação.
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Como funcionará o sistema global de pagamentos?
A interligação do Pix com sistemas internacionais poderá ocorrer por meio da plataforma Nexus, iniciativa coordenada pelo Banco de Compensações Internacionais (BIS), que conecta sistemas de pagamento instantâneo de diferentes países. O objetivo é possibilitar pagamentos transfronteiriços em até 60 segundos, com baixos custos e maior acessibilidade.
Países como Singapura e Tailândia já conectaram seus sistemas, permitindo transferências via número de telefone. O projeto Nexus está avançando para uma nova fase, com apoio de bancos centrais da região do Sudeste Asiático e envolvimento de outras economias globais, como o Brasil.
Pix automático, agendado e o futuro dos pagamentos digitais
Enquanto o Pix internacional ainda está em construção, o Banco Central prepara o lançamento de novas funcionalidades para o Pix no mercado interno. A partir de outubro, serão oferecidos:
Pix automático: permitirá débitos recorrentes para pagamento de contas de luz, água, mensalidades escolares, entre outros.
Pix agendado recorrente: voltado a transferências programadas entre pessoas físicas, como aluguel, mesada ou prestação de serviços.
Essas modalidades devem ampliar o uso do Pix em situações cotidianas, oferecendo mais autonomia e previsibilidade tanto para consumidores quanto para prestadores de serviço.
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