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Qual é o papel do Banco Central e por que ele importa nos pagamentos internacionais?

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Antes de qualquer transferência internacional ser concluída com segurança e eficiência, há uma engrenagem maior que garante a estabilidade da moeda, regula as instituições financeiras e define as diretrizes que impactam o fluxo de capital: o Banco Central do Brasil.

Entender o papel do BC é essencial para empresas e pessoas que realizam operações de câmbio, remessas e pagamentos internacionais. A seguir, veja como o órgão atua na regulação do sistema financeiro e por que suas decisões afetam diretamente o cenário global de pagamentos.

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Foto: EBC

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O que é o Banco Central do Brasil?

O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal, com natureza especial, criada pela Lei nº 4.595/1964. Sua autonomia foi formalizada pela Lei Complementar nº 179/2021.

O órgão atua como executor das políticas monetárias e de crédito definidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), sendo também responsável por preservar o poder de compra da moeda e assegurar a estabilidade do sistema financeiro nacional.

Além disso, o BC é quem regula e fiscaliza o funcionamento das instituições financeiras que operam no país — incluindo aquelas que atuam com remessas, câmbio e pagamentos internacionais.

Quais são as principais funções do Banco Central?

As atribuições do Banco Central envolvem múltiplas áreas. Entre as principais estão:

Política monetária e controle da inflação

O BC é o responsável por manter a inflação sob controle, por meio de decisões sobre a taxa básica de juros (Selic) e do controle da liquidez da economia. Essa atuação é fundamental para garantir a estabilidade da moeda brasileira, o que influencia diretamente o câmbio e o custo das operações internacionais.

Regulação e fiscalização do sistema financeiro

O órgão autoriza, fiscaliza e supervisiona o funcionamento de bancos, instituições de pagamento e demais empresas do setor financeiro. Isso inclui empresas que realizam transações de câmbio e transferências internacionais, que precisam seguir normas específicas para operar.

Emissão da moeda e administração do meio circulante

O Banco Central é o emissor oficial do real, além de gerenciar a distribuição do dinheiro em espécie. Essa função garante que a economia funcione com fluidez, com meios de pagamento adequados ao cotidiano da população e das empresas.

Banco do governo e das reservas internacionais

O BC administra as contas do Tesouro Nacional e mantém as reservas internacionais do país. Essas reservas são essenciais para garantir a capacidade do Brasil de lidar com oscilações cambiais, pagar dívidas externas e manter a confiança dos mercados.

Organização dos sistemas de pagamento

O Banco Central é responsável pela regulação e, em alguns casos, pela gestão direta de sistemas de pagamento como o Pix. Em transações internacionais, ele também define regras sobre prazos, limites, taxas de câmbio e controles aplicáveis a remessas e operações de câmbio.

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Qual é o impacto do BC nas remessas internacionais?

Empresas e pessoas físicas que realizam pagamentos ou transferências para o exterior precisam seguir as normas definidas pelo Banco Central. Isso inclui:

  • Regulação cambial: o BC estabelece regras para operações em moeda estrangeira, inclusive as realizadas por instituições autorizadas, como fintechs e corretoras.

  • Transparência e segurança: ao exigir registros e relatórios, o BC contribui para a prevenção de fraudes, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

  • Estabilidade cambial: com políticas que visam manter o equilíbrio do mercado, o BC evita oscilações abruptas no valor do real, o que é essencial para quem faz transações internacionais frequentes.

Banco Central e inovação financeira

Nos últimos anos, o BC tem impulsionado inovações no sistema financeiro, como a criação do Pix, o avanço do Open Finance e os estudos sobre tokenização e moedas digitais. Essas iniciativas aumentam a competitividade, reduzem custos e podem futuramente facilitar ainda mais as conexões com o mercado internacional.

A construção de uma infraestrutura financeira mais integrada e digital também beneficia empresas brasileiras que atuam fora do país e consumidores que realizam compras e investimentos internacionais.

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