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O que é IOF e como ele impacta as operações financeiras?

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O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é um tributo federal aplicado a diversas transações financeiras realizadas no Brasil. Desde compras internacionais até empréstimos, o imposto afeta tanto pessoas físicas quanto jurídicas. 

IOF

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O que é IOF?

O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) é cobrado em transações como crédito, câmbio, seguros e investimentos. Além de gerar receita para o Governo Federal, o imposto é uma ferramenta de controle econômico, permitindo o monitoramento do volume de operações financeiras no país.

Por que o IOF foi criado?

Instituído na Constituição de 1988 e regulamentado em 1994, o IOF visa:

  • Monitorar a economia por meio das transações financeiras;
  • Incentivar ou desestimular determinadas atividades econômicas por meio de sua cobrança.

Quando o IOF é cobrado?

O IOF é aplicado em várias situações financeiras. A cobrança ocorre no momento da transação ou durante o período de vigência da operação, dependendo do tipo de serviço financeiro. Entre os principais casos de cobrança estão:

  • Compras internacionais com cartão de crédito ou débito;
  • Compra e venda de moedas estrangeiras;
  • Empréstimos e financiamentos;
  • Resgate antecipado de investimentos;
  • Contratação de seguros;
  • Uso de cheque especial ou crédito rotativo.

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Quais são as alíquotas do IOF?

As alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) sofreram alterações recentes, com aumento em vários setores para ajudar o governo a fechar as contas do ano. Confira as principais mudanças:

  • Cartão de crédito, débito e pré-pagos internacionais e cheques de viagem: a alíquota subiu de 3,38% para 3,5%.

  • Compra de dólar, euro e outras moedas em espécie: a taxa aumentou de 1,1% para 3,5%.

  • Outras operações de câmbio (não especificadas): o IOF na saída de recursos passou de 0,38% para 3,5%, enquanto na entrada permanece em 0,38%.

  • Empréstimos externos de curto prazo (menos de um ano): antes isentos, agora pagam 3,5%.

  • Planos de previdência privada tipo VGBL: passam a pagar 5% para aportes acima de R$ 50 mil por mês.

  • Crédito para empresas: a alíquota aumentou de 1,88% para 3,95%. No Simples Nacional, subiu de 0,88% para 1,95% para operações até R$ 30 mil.

Houve recuo na cobrança do IOF sobre transferências para investimentos em fundos no exterior, que voltou a 1,1% após inicialmente ter sido elevada para 3,5%. Já remessas sem objetivo de investimento seguem com alíquota de 3,5%.

Essas alterações já estão em vigor e geram debate entre governo e Congresso, pois o aumento do IOF é uma das medidas para cobrir o rombo orçamentário estimado em R$ 18,5 bilhões para 2025.

Como calcular o IOF?

O cálculo do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é feito aplicando a alíquota correspondente sobre o valor da operação financeira. Para calcular o IOF, siga estes passos básicos:

  1. Identifique a alíquota aplicável — ela varia conforme o tipo de operação, como compra de moeda estrangeira, uso de cartão internacional, empréstimos, investimentos, entre outros. Por exemplo, para compra de dólar em espécie a alíquota atual é 3,5%, e para empréstimos externos de curto prazo também é 3,5%.

  2. Multiplique a alíquota pelo valor da operação — se você comprou R$ 1.000 em moeda estrangeira com alíquota de 3,5%, o IOF será:
    IOF = 3,5% × R$ 1.000 = R$ 35,00.

  3. Considere casos específicos — em algumas operações, como planos de previdência privada, o IOF pode incidir apenas sobre aportes acima de determinado valor e com alíquotas específicas (exemplo: 5% para aportes acima de R$ 50 mil).

Além disso, para algumas operações, o IOF é cobrado de forma diária e cumulativa, principalmente em operações de crédito, onde há uma alíquota diária aplicada sobre o saldo devedor durante o prazo do contrato.

Em resumo, o IOF é calculado aplicando-se a alíquota vigente ao valor da operação financeira, observando as regras específicas para cada tipo de transação.

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É possível evitar ou reduzir o IOF?

Embora o IOF seja obrigatório, algumas estratégias podem ajudar a reduzir sua incidência:

  • Planejar resgates de investimentos: resgates após 30 dias em produtos como CDBs e Tesouro Direto são isentos;
  • Evitar crédito rotativo ou cheque especial: além do IOF, esses produtos têm altas taxas de juros;
  • Usar moeda estrangeira em espécie durante viagens: evita a alíquota de compras com cartão.

Isenções do IOF

Algumas situações estão isentas do IOF, como:

  • Financiamento imobiliário residencial;
  • Investimentos em renda variável, LCI e LCA;
  • Financiamento de veículos adaptados para pessoas com deficiência.

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